Novamente um artigo
científico! A ciência procurou e cada vez mais através dos tempos, debruçar-se em
estudos e investigações sobre os mistérios da actividade psíquica do homem. |
Neste "Presente" em que os distúrbios da personalidade são cada
vez mais acentuados, provocados pela desorganização mental de sociedades cada vez mais
desequilibradas, que dão ao mundo crianças, pequeninos seres indefesos, sem lhes ser
dado condições de adquirirem mecanismos de defesa e de orientação psíquica que os
possa conduzir (na sua maior parte) a humanos tranquilos, pacíficos, harmoniosos e
equilibrados! Tenho muitas consultas através da Net sobre os mais variados
distúrbios da Personalidade, portanto proponho-me a fazer vários artigos que me levarão
algum tempo de investigação mais profunda para melhor esclarecimento de quem quer
aprender. Primeiro procurarei dar uma noção tanto quanto possível correcta do que se
entende por
Personalidade. |
Uma
criança, na sua adaptação ao mundo exterior, sofre muitos choques psicológicos, como
por exemplo o temível primeiro dia na escola ... |
Para os médicos e psicólogos na sua generalidade a palavra Personalidade
corresponde a padrões persistentes de comportamentos, pensamentos e sentimentos que as
pessoas seguem durante a Vida. É óbvio que a maneira como as pessoas se comportam
depende de inúmeros factores. Os traços mais profundos e persistentes da personalidade,
aqueles que nos caracterizam durante a infância até ao fim da Vida e que dificilmente
conseguimos modificar, apesar de todas as circunstâncias que vamos vivendo são aqueles
que adquirimos geneticamente. Por exemplo ser-se emocionalmente estável ou instável
poderá estar condicionado pela actividade do tipo do sistema nervoso simpático que
herdámos (e como se sabe este sistema controla a tensão arterial, a frequência
cardíaca, a respiração, etc.), embora possam existir factores de má orientação
psíquica que provocam situações emocionais semelhantes. Outros aspectos da nossa
personalidade são modelados por acontecimentos externos e resultam sobretudo da nossa
aprendizagem e adaptação ao mundo externo.
Segundo
o grande psicólogo, e profundo pensador Carl Jung a personalidade saudável é aquela que
consegue o equilíbrio entre o consciente e o inconsciente, entre a Vida interior e
exterior. Mais que qualquer outra escola psicológica, a psicologia analítica de Jung
busca a unidade do indivíduo no mais profundo de si mesmo, com uma
técnica que conduz à individuação. A Personalidade saudável é "Una" e dependemos em proporções angustiantes de um
funcionamento pontual do nosso psiquismo inconsciente, dos seus referentes e das suas
falhas ocasionais. Portanto a personalidade de cada indivíduo apresenta traços
próprios, ou seja modos originais de perceber e reagir ao mundo exterior, que se repetem
em múltiplas situações ao longo da sua Vida que de certo modo o individualizam e o
distinguem das outras pessoas. É só quando esses traços da personalidade se acentuam
demasiado, tornam-se incoerentes, inflexíveis, desadaptados à realidade habitual,
prejudicando o bem-estar pessoal, familiar ou social do indivíduo, apresentando até
formas diversas de actuar perante as mesmas situações, é que se considera que há um
distúrbio de personalidade. |
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Diz-nos
Jung: "Uma personalidade é um todo vivo e individual, único e autómato, que se vai
construindo a partir do nascimento, por uma integração dinâmica de factores orgânicos,
intelectuais, éticos, afectivos e sociais". |
A
personalidade na sua origem supõe, desde logo, a ideia de uma pessoa que não deixa de
ser o que é, que é a mesma no espaço e no tempo, que mantém a identidade para consigo
e a diferenciação para com os outros. Quando se fala de personalidades fortes e
personalidades fracas, refere-se, a que as primeiras são pessoas de comportamentos
solidamente não contraditórios, e as personalidades fracas são pessoas de
comportamentos bastante irregulares.
É
interessante saber que podemos relacionar a personalidade à saúde física, pois a
"personalidade é para a psicologia analítica a totalidade dos atributos
psicológicos", resultando dos distúrbios psíquicos várias psicossomáticas. Um
estudo efectuado nos anos 60 diferenciaram personalidades do tipo A das personalidades do
tipo B. Depois mais tarde profundas investigações concluíram que pessoas com
personalidade do tipo A (ambiciosas, agressivas, impacientes) eram mais propensas a
ataques cardíacos que as do tipo B (mais passivas, flexíveis e depressivas).
Posteriormente
procurou-se a "característica tóxica" do tipo A e concluiu-se que a
hostilidade, os ressentimentos, rancores, o cinismo, a falsidade, a inveja, o
egocentrismo, o egoísmo são as principais toxinas do tipo da personalidade A. O
paradigma do tipo A é referenciado o executivo masculino, de nível elevado, no apogeu da
carreira, entre os 40 e cinquenta e poucos anos. Este é o mais significativo referencial
do tipo da personalidade A, mas não é exclusivo. Na massa humana que abunda no planeta
há muito mais e em muitas mais situações tipos de personalidade do tipo A. Quanto a
possíveis ligações entre a Personalidade e as doenças, investigações recentes têm
trazido resultados diversos, e provas de que os indivíduos possuidores de certos traços
neuróticos da personalidade como a ansiedade, as angústias que tanto torturam, o
pessimismo, a hostilidade, a rigidez com intolerância e inflexibilidade, a
insociabilidade têm fortes probabilidades de adoecer com certa gravidade aos quarenta e
poucos anos. Esta ligação não se dá com nenhuma doença específica, mas com a falta
de saúde em geral, salientando-se as mais correntes psicossomáticas:
asma,
ulceras pépticas, enxaquecas, e
doenças cardíacas e cardio-vasculares.
Depois
enviar-vos-ei os mais correntes distúrbios de personalidade
muito em breve.
Não façam muitas perguntas, porque as respostas são encontradas nos extensos
esclarecimentos que vos dou. Todos poderemos remover "esquemas velhos" como
"folhas mortas" desde os primórdios das nossas infâncias mal orientadas e a
maioria numa repetição das formações antecedentes, porque os progenitores não
aprenderam mais, exigindo e não entendendo nem acompanhando as mudanças que se operam ao
longo dos anos. É imprescindível, humanamente necessário dar àqueles a quem damos o
"existir" dar-lhes
a Vida no real sentido de Viver! |
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