sol.JPG (17680 bytes)Personalidade
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Distúrbios da Personalidade

A Personalidade

 

 

Novamente um artigo científico! A ciência procurou e cada vez mais através dos tempos, debruçar-se em estudos e investigações sobre os mistérios da actividade psíquica do homem.

Neste "Presente" em que os distúrbios da personalidade são cada vez mais acentuados, provocados pela desorganização mental de sociedades cada vez mais desequilibradas, que dão ao mundo crianças, pequeninos seres indefesos, sem lhes ser dado condições de adquirirem mecanismos de defesa e de orientação psíquica que os possa conduzir (na sua maior parte) a humanos tranquilos, pacíficos, harmoniosos e equilibrados! Tenho muitas consultas através da Net sobre os mais variados distúrbios da Personalidade, portanto proponho-me a fazer vários artigos que me levarão algum tempo de investigação mais profunda para melhor esclarecimento de quem quer aprender. Primeiro procurarei dar uma noção tanto quanto possível correcta do que se entende por Personalidade.

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Uma criança, na sua adaptação ao mundo exterior, sofre muitos choques psicológicos, como por exemplo o temível primeiro dia na escola ...

Para os médicos e psicólogos na sua generalidade a palavra Personalidade corresponde a padrões persistentes de comportamentos, pensamentos e sentimentos que as pessoas seguem durante a Vida. É óbvio que a maneira como as pessoas se comportam depende de inúmeros factores. Os traços mais profundos e persistentes da personalidade, aqueles que nos caracterizam durante a infância até ao fim da Vida e que dificilmente conseguimos modificar, apesar de todas as circunstâncias que vamos vivendo são aqueles que adquirimos geneticamente. Por exemplo ser-se emocionalmente estável ou instável poderá estar condicionado pela actividade do tipo do sistema nervoso simpático que herdámos (e como se sabe este sistema controla a tensão arterial, a frequência cardíaca, a respiração, etc.), embora possam existir factores de má orientação psíquica que provocam situações emocionais semelhantes. Outros aspectos da nossa personalidade são modelados por acontecimentos externos e resultam sobretudo da nossa aprendizagem e adaptação ao mundo externo.

Segundo o grande psicólogo, e profundo pensador Carl Jung a personalidade saudável é aquela que consegue o equilíbrio entre o consciente e o inconsciente, entre a Vida interior e exterior. Mais que qualquer outra escola psicológica, a psicologia analítica de Jung busca a unidade do indivíduo no mais profundo de si mesmo, com uma técnica que conduz à individuação. A Personalidade saudável é "Una" e dependemos em proporções angustiantes de um funcionamento pontual do nosso psiquismo inconsciente, dos seus referentes e das suas falhas ocasionais. Portanto a personalidade de cada indivíduo apresenta traços próprios, ou seja modos originais de perceber e reagir ao mundo exterior, que se repetem em múltiplas situações ao longo da sua Vida que de certo modo o individualizam e o distinguem das outras pessoas. É só quando esses traços da personalidade se acentuam demasiado, tornam-se incoerentes, inflexíveis, desadaptados à realidade habitual, prejudicando o bem-estar pessoal, familiar ou social do indivíduo, apresentando até formas diversas de actuar perante as mesmas situações, é que se considera que há um distúrbio de personalidade.

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Diz-nos Jung: "Uma personalidade é um todo vivo e individual, único e autómato, que se vai construindo a partir do nascimento, por uma integração dinâmica de factores orgânicos, intelectuais, éticos, afectivos e sociais".

A personalidade na sua origem supõe, desde logo, a ideia de uma pessoa que não deixa de ser o que é, que é a mesma no espaço e no tempo, que mantém a identidade para consigo e a diferenciação para com os outros. Quando se fala de personalidades fortes e personalidades fracas, refere-se, a que as primeiras são pessoas de comportamentos solidamente não contraditórios, e as personalidades fracas são pessoas de comportamentos bastante irregulares.

É interessante saber que podemos relacionar a personalidade à saúde física, pois a "personalidade é para a psicologia analítica a totalidade dos atributos psicológicos", resultando dos distúrbios psíquicos várias psicossomáticas. Um estudo efectuado nos anos 60 diferenciaram personalidades do tipo A das personalidades do tipo B. Depois mais tarde profundas investigações concluíram que pessoas com personalidade do tipo A (ambiciosas, agressivas, impacientes) eram mais propensas a ataques cardíacos que as do tipo B (mais passivas, flexíveis e depressivas).

Posteriormente procurou-se a "característica tóxica" do tipo A e concluiu-se que a hostilidade, os ressentimentos, rancores, o cinismo, a falsidade, a inveja, o egocentrismo, o egoísmo são as principais toxinas do tipo da personalidade A. O paradigma do tipo A é referenciado o executivo masculino, de nível elevado, no apogeu da carreira, entre os 40 e cinquenta e poucos anos. Este é o mais significativo referencial do tipo da personalidade A, mas não é exclusivo. Na massa humana que abunda no planeta há muito mais e em muitas mais situações tipos de personalidade do tipo A. Quanto a possíveis ligações entre a Personalidade e as doenças, investigações recentes têm trazido resultados diversos, e provas de que os indivíduos possuidores de certos traços neuróticos da personalidade como a ansiedade, as angústias que tanto torturam, o pessimismo, a hostilidade, a rigidez com intolerância e inflexibilidade, a insociabilidade têm fortes probabilidades de adoecer com certa gravidade aos quarenta e poucos anos. Esta ligação não se dá com nenhuma doença específica, mas com a falta de saúde em geral, salientando-se as mais correntes psicossomáticas: asma, ulceras pépticas, enxaquecas, e doenças cardíacas e cardio-vasculares.

Depois … enviar-vos-ei os mais correntes distúrbios de personalidade … muito em breve. Não façam muitas perguntas, porque as respostas são encontradas nos extensos esclarecimentos que vos dou. Todos poderemos remover "esquemas velhos" como "folhas mortas" desde os primórdios das nossas infâncias mal orientadas e a maioria numa repetição das formações antecedentes, porque os progenitores não aprenderam mais, exigindo e não entendendo nem acompanhando as mudanças que se operam ao longo dos anos. É imprescindível, humanamente necessário dar àqueles a quem damos o "existir" dar-lhes a Vida no real sentido de Viver!

 

 

 

Gia Carneiro Chaves

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