Olá
Caros Visitantes, é com todo o prazer que inicio uma nova
página, e hoje vou-me debruçar sobre a
DISLEXIA
Tenho verificado que é uma
deficiência, a maioria das vezes não detectada especialmente
pelos professores que era imprescindível terem aulas de
formação sobre certas deficiências das crianças e muito
especialmente da dislexia. O termo “dislexia” abrange uma
grande amplitude de dificuldades de leitura em crianças na
idade escolar. A forma mais comum é a dificuldade em
aprender a colocação das letras numa palavra, por vezes
trocar-lhe a ordem, deixar palavras a meio ou não terminar a
palavra; eles têm dificuldade em associar a ordem das letras
com o som que simbolizam. Mesmo segundo a medicina
convencional, a dislexia é uma dificuldade em ler ou
escrever, e até em falar. Há portanto muita falta de
compreensão na leitura. Entre outras causas pode-se
salientar: profundos e graves distúrbios emocionais, como
por exemplo nas primeiras infâncias a criança ser muito
gritada, os progenitores gritam e batem por vezes
injustamente, e mesmo justamente não o devem fazer, porque
surgem na criança medos incontroláveis dessas situações,
impedindo tantas vezes a normal articulação das palavras por
inibição da voz e pelo sufoco respiratório. Também está
provado cientificamente que uma doença neurológica
específica, por vezes hereditária, está subjacente à
dislexia. Cerca de 90% dos disléxicos são do sexo masculino.
Além de que cientistas afirmam que níveis elevados de
testosterona no feto masculino podem igualmente ser factor
determinante da maior frequência de esquerdismo, dislexia e
dislalia ou gaguez nos rapazes. Outras causas que provocam
dislexia é a falta de treino do cérebro, que só uma relação
de diálogo, de contar-lhes histórias de acordo com a sua
idade que as faça concentrar, apreciar, raciocinar, poderá
activar a actividade dos neurónios; atraso de maturação do
sistema nervoso; problemas psicológicos ambientais (ou/e
escolares). Também há a considerar que a dificuldade de
interpretar símbolos escritos pode ser originada por lesões
cerebrais e atrasos mentais. Muitas crianças e mais tarde
jovens quando começam as actividades escolares surgem por
vezes psicossomáticas que não é só a medicina convencional
que pode curar. As deficiências de aprendizagem da leitura
podem ser consequência de deficiências provocadas em áreas
do cérebro ligadas à linguagem que podem provocar a Agrafia
(que é o centro cerebral da linguagem danificado, e que
impede o indivíduo de transmitir por meio de sinais
gráficos), ou também a Afasia, que é clinicamente conhecida
por Disfasia, que pode levar à supressão total da expressão
oral, em casos extremos. Os disléxicos têm geralmente muitos
complexos, pouca auto-estima e muita necessidade de atenção.
A postura física tem muita importância também com os
problemas de dislexia. A postura dos pés é muito importante,
procurar que estejam mais tempo paralelos e não virados para
dentro ou para fora, para evitar
futuros problemas. |
A
dislexia de maneira nenhuma indica falta de inteligência.
Muitos disléxicos trocam a ordem das letras nas palavras. |
|
O cérebro tem dois hemisférios, o direito que controla a
parte esquerda, e o hemisfério esquerdo que controla a parte
direita. Também forçar uma criança canhota a escrever com a
mão direita pode causar uma dislexia aparente.
Em 70% dos canhotos é o
hemisfério esquerdo que controla a linguagem, tal como em
quase todos os dextros. Mas em 15% dos canhotos é a metade
direita que controla a fala. Noutros, 15% ela é controlada
por ambos os hemisférios. Investigadores científicos com
técnicas apropriadas investigam o cérebro e procuram as
causas da dislexia. Além das apontadas mais a nível sócio-psicológico, as provas concluentes mais recentes
dizem-nos que os disléxicos têm dificuldade em integrar a
informação a nível dos dois hemisférios cerebrais.
Qualquer criança que demonstre
na leitura dificuldades que estejam evidentes abaixo da
maioria dos seus colegas deve ser examinada com o objectivo
de se verificar se o seu problema é de facto dislexia. Quase
todos os disléxicos podem aprender a ler e a escrever, mas
nem sempre pelos métodos convencionais ou habituais. A
criança é capaz de ler números ou notas musicais muito mais
facilmente que as palavras. É muito importante reconhecer a
problemática o mais cedo possível. Com um ensino
recuperativo específico orientado ás zonas cerebrais
afectadas e ás causas psicológicas apontadas a criança pode
ser ajudada a desenvolver truques para vencer a deficiência;
será benéfica a recuperação na ausência da pressão por parte
dos pais (com críticas, dizendo-lhe quando ele quere… mas é
teimoso… está sempre distraído.. etc.), aliada à valorização
do que a criança é capaz de fazer. Está seguro que desde que
os disléxicos tenham apoios e treinos adequados conseguem
superar as suas dificuldades. Muitos disléxicos têm
carreiras notáveis, embora por vezes continuem a reter
algumas características de dislexia.
O disléxico tem muitos sentimentos recalcados, pelo
que praticar um desporto é muito saudável. É
contraproducente obrigá-lo a escrever, porque ele fica a
sofrer duplamente, especialmente pela dificuldade que
encontra e por outro lado pelo desagrado e a contrariedade
que sente ao não conseguir vencer essa dificuldade. Não é
assim que melhora um disléxico. Não é qualquer actividade
que lhe serve para extravasar os seus problemas neuróticos.
O desporto é muito salutar, e
o canto também. Cantar para o disléxico é uma libertação,
mas sem “enfiar-lhe na cabeça” a parte teórica de ordem
intelectual. |
|
Muitos disléxicos têm enurese. A dislexia foi
reconhecida oficialmente como doença em 1882 por William
James. Leonardo da Vinci, Thomas Edison e Albert Einstein
(considerado o pai da física moderna) foram disléxicos. |
Muitas doenças que se iniciam
nas primeiras infâncias são ignoradas e a criança é
interpretada e rotulada sem o conhecimento nem a sabedoria,
mas sim pelo convencionalismo que passa de século para
século. A ignorância é mãe de muito sofrimento, mas
principalmente na actualidade temporal há muitos meios de
informação que os adultos pretendem esquecer ou ignorar e as
crianças vão chegando a adolescentes com os seus múltiplos
problemas, crescendo muitas vezes na infelicidade, numa
confusão como que perdidas neste mundo em que o Homem já se
perdeu. É fácil aprender não só com a ciência, porque ”a
ciência é o conhecimento organizado; enquanto a Sabedora é a
Vida organizada…”. A Sabedoria é algo que está dentro de
nós, que vem connosco, onde pode o altruísmo, a
solidariedade, um abrir das janelas da alma de dentro para
fora numa aprendizagem com a própria Humanidade, numa
harmonia interior que se dá, que se espalha, que faz crescer
a Paz e o bem-estar do mundo circundante; depois o ignorante
pode procurar conhecimento e ajudar o mundo a ser melhor,
mais feliz!... Normalmente, os adultos confusos, ignorantes
dizem ás crianças em formação “que têm tudo...”, quando na
verdade lhes falta os alimentos principais para uma boa
formação, para um bom equilíbrio mental, para uma
consciência das realidades circundantes. Nunca esquecer que
o diálogo é fundamental logo desde bem pequenos, o
ensinamento segundo cada idade, especialmente o Amor sentido
e uma atenção em que os adultos se possam aperceber de
qualquer anomalia por mais ínfima que seja na evolução da
criança.
Era muito saudável que as
crianças se habituassem a uma vida em contacto com a
Natureza e não metidas a passear em centros comerciais que é
o interesse de grande parte dos adultos. Passear com eles no
contacto com a Natureza-Mãe, explicando coisas pequeninas
que são tão importantes para o desenvolvimentos mental, a
ensinar-lhes a amar os animais, explicar-lhes coisa por
coisa, mesmo em histórias criadas no momento dá ao Ser
informação, cultura, maturidade e Amor pelo que lhe pode
trazer saúde e bem-estar. Ensinar-lhes também mecanismos de
defesa para que eles possam enfrentar o que se tornou hoje a
Humanidade – uma selva! Desejo que estes pequenos
ensinamentos que vos deixo possam ser a ajuda para alguém.
Até breve.
|
|